Aliar arte e técnica é sempre o desafio de um arquiteto. Criar soluções exequíveis, que considere outras áreas e buscando medidas mais sustentáveis, é um desafio muito maior. Para conseguir chegar nesse resultado, é necessário inverter a lógica de projetos feitos às pressas, que nada servem para o bem público e que podem custar muito financeiramente, socialmente e ambientalmente. Precisamos parar de olhar apenas para um terreno e pensar no entorno e no que pode trazer de melhor para a cidade, na degradação que se pode evitar aliando técnica e criatividade.

 

É necessário seguir o caminho de uma arquitetura menos impactante, que maximize a utilização dos recursos naturais, como o vento, chuva, iluminação natural e insolação. Nós pensamos no futuro, que são construções inteligentes, rápidas, interligadas com diferentes áreas, mais industriais, menos demoradas, menos impactantes, mais independentes das redes (abastecimento de energia, água e redes de esgoto), com soluções que também resgate nosso contato com a natureza e que haja o devido respeito por ela.

 

Todas essas soluções são possíveis sem esquecer o apelo estético e visual de um projeto. Mas o que é realmente belo? Precisamos nos questionar, reutilizar, reinventar, reduzir e muitas vezes menos é mais. Questionar a arquitetura do que é realmente importante para o nosso futuro é de fundamental importância para o desenvolvimento das nossas cidades e também das áreas rurais. Tudo que é construído um arquiteto pode atuar, sem nichos, sem rótulos, sem preconceitos.

 

Nós arquitetos somos, ou pelo menos deveríamos ser, os profissionais que agregam todos os conhecimentos na complexidade de um projeto para lutar pela garantia de qualidade de vida das pessoas. Temos um único objetivo: que você se sinta bem. Se sinta bem por onde passa, por onde trabalha, por onde se alimenta, por onde mora e por onde dorme. Se pudermos fazer isso com menos impacto, por que não?